Era uma vez uma cidade chamada Arcos, nascida no século XVIII, onde histórias e tradições se entrelaçaram. Desde a chegada do coronel Pamplona em 1769 até sua independência em 1938, Arcos cresceu como um lugar de memórias e paisagens únicas. Com sua bela matriz e formações rochosas impressionantes, cada canto guarda segredos do passado. Venha conhecer Arcos, onde o presente e o passado caminharam lado a lado, e viva essa história de perto
Era uma vez
Uma cidade cheia de história e cultura, com suas raízes no século XVII. Tudo começa em 1769, quando o coronel Inácio Corrêa Pamplona decidiu explorar e colonizar a região de Minas Gerais. Ele ajudou a estabelecer a cidade, que cresceu e prosperou ao longo dos anos.
Era 1769, quando o coronel Inácio Corrêa Pamplona recebeu a missão de explorar e colonizar o território mineiro. Ele dividiu a terra em “sesmarias” – pedaços de terra dados por Portugal aos nobres para a produção agrícola e desenvolvimento. Lá, por volta de 1800, esses terrenos começaram a ser vendidos e a cidade de Arcos, que era chamada de “São Julião”, começou a ganhar seus primeiros moradores. Já em 1823, a região já tinha 1.175 habitantes, bastante coisa, né?
E em 1839, o distrito de Formiga foi promovido a Vila e, mais tarde, a Cidade em 1858, incorporando Arcos ao seu território. A primeira missa foi celebrada em 11 de abril de 1828 pelo Padre Cícero Felipe, e a construção da capela começou em 9 de fevereiro de 1842. E assim, Arcos começou a crescer e se desenvolver cada vez mais.
O Crescimento de Arcos: de doação a emancipação
Em 11 de julho de 1846, Manoel Ribeiro de Moraes e Alferes Antônio Joaquim da Silva doaram terras para a mitra diocesana, que se tornou “Nossa Senhora do Carmo dos Arcos”. A construção da matriz de Arcos começou em 5 de março de 1881 e só foi concluída em 1909.
Até 1908, Arcos não tinha se desenvolvido muito, mas tudo mudou com a chegada dos trilhos da Rede Mineira de Viação. O povoado começou a prosperar e, finalmente, em 17 de dezembro de 1938, Arcos se emancipou de Formiga e se tornou uma cidade independente.
Nome e hino de Arcos
Há várias histórias sobre como Arcos ganhou seu nome, mas a mais famosa é bem curiosa! Imagine uma trilha usada por bandeirantes rumo a Goiás. Em uma dessas viagens, alguns tropeiros decidiram fazer uma pausa e deixaram seus arcos à beira de um córrego.
No dia seguinte, quando foram perguntados onde tinham passado a noite, responderam: “À margem de um córrego onde deixamos alguns arcos.” E assim, esse lugar começou a ser chamado de Córrego dos Arcos. O nome pegou e, com o tempo, a cidade também adotou o nome Arcos. Legal, né?
O hino de Arcos é como um abraço cheio de orgulho e amor pela cidade. Ele fala da beleza natural, do desenvolvimento industrial e cultural, e celebra toda a história e as pessoas importantes de Arcos.
É uma verdadeira homenagem que mostra o quanto os moradores amam sua terra natal e se sentem parte dessa incrível história. Cada verso exalta as conquistas e a essência da cidade, refletindo o espírito vibrante e a união da comunidade arcoense. Arcos também famosa por suas formações calcárias e rochosas incríveis (muito bem representados no hino da cidade), além de uma cachoeira com uma queda d’água espetacular.
Foi nesse lugar que, em 1924, a Subestação da Usina de Força foi instalada. Hoje conhecida como Parque Municipal da Usina Velha, essa usina foi uma inovação na época e forneceu energia para Arcos e outras cidades até o início dos anos 90, quando a Cemig assumiu a distribuição de energia. E sabe quem fez parte dessa história? Dona Catarina e Senhor Juca.
ARCOS
Vinde, moças! Vinde, moços!
Todo o povo do lugar!
Abram ouvidos pra ouvir!
Abram olhos pra olhar
A novidade do dia
Que eu vim para lhes contar!
Vinde, moças! Vinde, moços!
Vinde, todos, escutar
O que agora vou dizer,
O que agora vou contar:
É a ESTAÇÃO DAS HISTÓRIAS
Que acabou de chegar!
Vai juntar as duas pontas:
O passado e o presente!
O que ficou na memória
E aquilo que é recente,
Duas pontas que se juntam
Na história desta gente!
Vinde, moços! Vinde, velhos!
E povo de toda idade!
A Estação das Histórias
Chegou a esta cidade
Pra falar de PATRIMÔNIO,
De ARTE e de IDENTIDADE!
Permitam-me apresentar:
O meu nome é Juvenal
E vim falar com vocês
De um assunto especial!
A conversa de hoje é sobre
PATRIMÔNIO CULTURAL.
Patrimônio cultural,
Afinal, o que seria?
São as manifestações
E tudo que um povo cria
Ao longo de sua história,
No passado e hoje em dia.
Cada geração recebe
Daquela que veio antes
Uma herança cultural,
Um legado importante,
Que ela usa e modifica
E depois passa adiante.
Mas nem tudo que se cria
Vai durar pra toda vida:
Uma parte se preserva,
Outra parte é esquecida,
Quem decide o que guardar
É o povo em sua lida.
Patrimônio é um tesouro
Que os nossos antepassados
Nos deixaram de presente.
Precisa ser preservado,
Pois que conta a nossa história,
Como foi nosso passado.
Patrimônio é um tesouro
Que está vivo numa arca!
São riquezas, são saberes,
São memórias… Tudo abarca
Das gerações que passaram
E deixaram a sua marca
Mas é bom não esquecer:
Patrimônio é coisa viva.
O que hoje nós criamos
De maneira coletiva
Expressa aquilo que somos,
Nossa face criativa!
Patrimônio engloba tudo:
Os modos de trabalhar,
Festas, jogos, culinária,
As formas de se dançar,
rap, slam, artesanato,
Nosso jeito de rezar.
Há duas categorias
De bens patrimoniais:
Obras, quadros, documentos,
Prédios são MATERIAIS;
Ideias, festas, receitas
São os IMATERIAIS.
Eu vou explicar melhor:
Todo bem MATERIAL
É concreto e tangível
– tangível é, no geral,
Aquilo que se dispõe
Para o toque manual.
Já o IMATERIAL
É todo bem abstrato.
Uma dança, uma festa,
Uma peça de teatro:
Só quando alguém executa
É que as vemos, de fato.
Agora, vamos saber
Como é nesta cidade!
Quais são os bens preservados
Que lhe dão identidade?
São prédios, parques, igrejas,
Praças, festas, irmandades!
ARCOS e seus patrimônios:
Falo da Subestação
Da antiga Usina de Força;
Capela de São Julião
E a do Senhor do Bom Jesus
Memórias da devoção.
O Parque da Usina Velha,
Cartão postal da cidade,
Tem o Cruzeiro dos Mártires,
Cruz de tão longa idade,
E a Casa da Banda que foi
Fonte de eletricidade
Tem a Festa do Congado
E a da Senhora do Rosário;
Cavalgada e outras festas
Que enchem um calendário
E riquezas arqueológicas
Nesta terra do calcário.
Lá na Gruta da Cazanga
Arte rupestre em pintura;
No Sítio da Posse Grande,
Também há muitas gravuras;
E o Rastro de São Pedro,
Convida à aventura.
A história desta cidade,
Remonta a um tempo distante,
Vem dos arcos de um barril
Deixados por bandeirantes;
Mas as cavernas nos contam
Que vem ainda de antes!
Viva, pois, esta cidade,
São Julião acolá!
Arcos de grutas, calcário,
Da Estação de Corumbá,
Das histórias do passado,
Do futuro que virá!
Os vossos antepassados
Cumpriram a trajetória.
Agora é a sua vez
De inscrever sua memória,
Na história desta cidade
Que é também a sua história.
Vinde, moças! Vinde, moços!
Vinde mostrar sua voz!
Junte rap, slam, passinho,
À história dos seus avós
Que o patrimônio do futuro
É feito, agora, por nós!